Muito variadas são as actividades e os sectores da Pastoral Juvenil, presentes na Visitadoria ‘Mamã Muxima’. Eis aqui uma avaliação apresentada pelo Inspetor ao Capítulo Inspetorial de 2022.
1. MJS (Movimento Juvenil Salesiano)
– Durante décadas, tem sido a actividade mais significativa da Pastoral Juvenil da Visitadoria. Actualmente, em muitos grupos de fé, convoca cerca de 14.000 jovens e adolescentes.
– Há conselhos de juventude MJS em todas as obras e há coordenações regionais e nacionais.
– O MJS anima itinerários de fé, exercícios espirituais, escola de animadores, animadores de oratórios.
– O “grupo” continua a ser um caminho fundamental para o acompanhamento e formação dos jovens.
– Foram criadas Escolas para assessores e acompanhadores.
-Tem havido um certo declínio nos grupos devido a vários factores, particularmente a falta de um acompanhamento mais cuidadoso.
– Pararam as propostas para desenvolver os itinerários para grupos de fé
– O MJS tem continuado a manter-se mais próximo das paróquias e não tanto das escolas e CFP.
-É preciso unifcar alguns critérios na identidade e estatutos do MJS.
– Alguns movimentos como o ADS, JDB e outros necessitam de uma renovação e de um forte acompanhamento.
-A integração eclesial nem sempre tem sido signifcativa.
2. ESCOLAS
– Estamos a crescer com a presença de SDB na animação das escolas. Em praticamente todas há uma maior presença de salesianos (SDB), o que faz uma diferença profunda no acompanhamento e identidade da obra.
-Mais leigos com uma maior identidade católica e salesiana estão a ser incorporados. O acompanhamento de leigos que são co-responsáveis pelas escolas está a melhorar.
– Novas CEPs estão a ser organizadas.
– A administração e gestão das escolas está a começar a melhorar de uma forma mais descentralizada.
– O itinerário de ensino religioso está pronto (sem impressão).
– O trabalho pastoral escolar está acrescer nos nossos centros.
– A presença dos SDB nas escolas ainda não é como gostaríamos (direção, acompanhamento pedagógico, administração, pastoral; assistência contínua;
– A Comissão de Escolas está a retomar as actividades, mas de forma limitada.
– Desde que as escolas são coparticipadas, existe uma forte dependência das exigências do Governo, o que limita muito a autonomia na gestão e nas propostas educativas.
– O cuidado pastoral escolar em alguns centros é fraco.
– A instrução religiosa e educação cívica e moral têm por vezes poucos espaços. E nem sempre temos pessoal formado nestas matérias.
3. FORMAÇÃO PROFESSIONAL
-Existe a vontade política no POI de investir as nossas energias nos CFP.
– Estamos em vias de transformar as CFP em escolas técnicas. De facto, em algumas províncias, o governo deu o seu consentimento, o que pode permitir uma certa sustentabilidade, juntamente com o Ministério da Educação.
– Por outro lado, a FP poderá ter um maior impacto educacional nos jovens, não apenas com cursos de 3 a 6 meses, mas com cursos de 4 anos.
– Identificámos irmãos para seespecializarem na FP.
– A FP é uma das realidades mais críticas da Visitadoria. De ter 11 centros de FP, agora temos apenas 4 em funcionamento. A crise económica, o fim dos projectos, o fim da colaboração que tínhamos com o MAPTSS.
Todas estas condições económicas têm influenciado.
– Não temos muitos Salesianos preparados para a gestão da FP.
– Os nossos centros perderam o prestígio que tinham no passado.
– A Comissão de FP está apenas a começar a dar os seus primeiros passos, após anos de imobilismo.
4. PARÓQUIAS
-Este é o sector mais desenvolvido do Visitadoria, por razões históricas, porque as obras educativas eram proibidas. Em geral, foi criada uma paróquia com uma clara identidade salesiana: popular, fortemente juvenil e catequética.
– A paróquia tem permitido uma forte interacção nos territórios onde se encontram.
– É um campo missionário e vocacional .
– A comissão paroquial reúne-se regularmente, mas com pouco impacto.
– As escolas para leigos precisam de ser aumentadas, mas ainda há poucas propostas.
5. CATEQUESE
– Temos uma forte presença na catequese. Nas paróquias existem cerca de 18.200 catecúmenos.
-Temos também um grande grupo de catequistas que realiza esta actividade (1032).
– Em quase todas as nossas presenças foi estabelecido o catecumenato (1 ano de pré-catecumenato e 3 anos de catecumenato).
– Os catecismos das crianças, adolescentes e jovens precisam de ser revistos e atualizados.
– É necessária uma coordenação da catequese nacional, particularmente para melhorar a formação dos catequistas.
– Nem sempre há um contacto signifcativo com as famílias dos catecúmenos.
6. ALFABETIZAÇÃO
-Temos um passado glorioso neste campo (mais de 100.000 pessoas foram alfabetizadas usando o método Dom Bosco).
-Além disso, em algumas obras, há ainda uma resposta a muitos adolescentes e jovens que estão atrasados ou fora do sistema escolar.
-Diminuímos muito a nossa resposta nesta área por várias razões: falta de pessoal competente, o crescimento das escolas regulares que nos absorvem e a falta de financiamento.
-Falta de zelo em estar com os mais pobres e mais vulneráveis.
7. ORATÓRIOS– CENTRO JUVENIS
– Todas as presenças contam com actividades oratorianas, particularmente aos fins-de-semana.
-Oratórios e CJ começaram com formas mais organizada (actividades durante quase um mês).
– Temos um Centro Juvenil completamente dedicado (Luena), queremos activar outros
– Têm sido realizados cursos e seminários para formar animadores e criar material.
– Não foram poucas as vocações salesianas que tiveram origem no contacto com os oratórios.
– As escolas desportivas estão a funcionar bastante bem.
– Por vezes, em algumas realidades, a proposta oratoriana é pobre e pouco criatva e por vez com pouca presença de sdb.
– Não há sempre um grupo consistente de animadores nos oratórios.
– Faltam pessoas que se dediquem a tempo cheio às atividades oratorianas.
8. CAR (Crianças e Adolescentes em Risco)
-O trabalho com as CAR está bastante desenvolvido na Visitadoria, com profissionalismo e impacto na sociedade.
– Esta comissão da Rede das CAR reúne-se regularmente
-As comunidades locais estão a acompanhá-lo melhor.
-O sector teve pouca presença dos sdb na sua animação. Tem funcionado com o contributo das ONGs e leigos.
-Temos de cuidar melhor do acompanhamento e da proposta pastoral aos destinatários.
– A PJ deve apropriar-se mais da animação da Rede
9. UNIVERSIDADE – ISDB
– Tem –se feito bons progressos, partcularmente graças ao Voluntariado Universitário
– Ainda, muito tem que ser feito para coordenar e envolver mais jovens no Pastoral Universitária