AMBIENTE PASTORAL ou SETOR DE ATIVIDADE: refere-se às estruturas educativas e pastorais em que a missão salesiana é realizada segundo uma específica proposta educativo-pastoral. Cada um desses ambientes, à própria maneira, cria uma atmosfera e atua um estilo de relações no interior da Comunidade Educativo-Pastoral. São eles: o Oratório-Centro Juvenil, a Escola e o Centro de Formação Profissional (eventualmente o centro de formação pré-profissional e o internato), as instituições de educação superior (eventualmente os centros académicos, os colleges e as residências para jovens universitários), a paróquia e o santuário confiados aos salesianos (eventualmente as igrejas públicas), as obras ou serviços sociais para jovens em situação de risco. A obra salesiana pode compreender vários ambientes que se completam reciprocamente para melhor exprimir a missão salesiana.
SETOR DE ANIMAÇÃO PASTORAL: refere-se às multíplices atividades ou âmbitos educativo-pastorais, presentes trasversalmente nas obras e ambientes tradicionais acima indicados. Podemos em síntese assinalar: a animação das vocações apostólicas; a animação missionária e de voluntariado em suas diferentes formas; as relevantes propostas de Pastoral Juvenil relativas à Comunicação Social. A missão salesiana realiza-se, além disso, também dentro de outras realidades significativas, como o Movimento Juvenil Salesiano e os variados campos de ação especializados em nível local ou provincial, como se diz no Cap.6: os serviços de formação cristã e de animação espiritual, ou as associações e serviços de animação na área do tempo livre.
SETOR DE ANIMAÇÃO PROVINCIAL: é o campo ou área da ação de uma Província ou obra. Os campos ou áreas fundamentais nas inspetorias são: Pastoral, Formação, Família Salesiana, Economia, Comunicação Social. A estes se acrescentam as diversas áreas nas quais cada um deles se exprime.
COMUNIDADE EDUCATIVO-PASTORAL (CEP) (cf. Const. 47; CG24, n. 149-179): é a forma salesiana da animação de toda a realidade educativa entendida como realização da missão de Dom Bosco. Não é uma nova estrutura acrescentada aos demais organismos de gestão e participação existentes nas diversas obras ou ambientes pastorais, nem apenas uma organização de trabalho ou uma técnica de participação. É o conjunto das pessoas (jovens e adultos, pais e educadores, religiosos e leigos, representantes de outras instituições eclesiais e civis e pertencentes também a outras religiões, homens e mulheres de boa vontade) que trabalham juntos pela educação e evangelização dos jovens, especialmente dos mais pobres, segundo o estilo de Dom Bosco. Este conjunto atua em círculos concêntricos, segundo a partilha das responsabilidades dos indivíduos na missão.
CONSELHO DA OBRA: reúne a comunidade religiosa (ou ao menos a sua expressão de governo: diretor e conselho local) e os principais corresponsáveis dos ambientes ou setores de atividade. Animados pelo mesmo carisma e participantes numa única missão, encarregam-se de tornar presentes num território o dom e o serviço do carisma salesiano na sua significatividade; compartilham solidariamente as várias responsabilidades que derivam da gestão de todos os ambientes de uma obra; reúne-se não só para organizar, decidir, governar, mas também para se formar e construir itinerários de reflexão.
CONSELHO DA CEP (cf.CG24, n. 160-161; 171-172): é o organismo que anima e coordena a concretização do Projeto Educativo-Pastoral. A sua função é favorecer a coordenação e corresponsabilidade de todos ao serviço da unidade do projeto pastoral da obra salesiana ou das CEP dos diversos ambientes nas obras complexas. Existindo uma única CEP, então existirá apenas um conselho da CEP, que coincide com o Conselho da obra. Se, contudo, existirem várias CEP quantos são os ambientes da obra, cada um deles tem o próprio conselho, enquanto haverá o conselho da obra formado pelos representantes dos conselhos das diferentes CEP.
CONSELHO DA COMUNIDADE ou CONSELHO LOCAL ou CONSELHO DA CASA (cf. Const. 178): composto por irmãos da comunidade com a tarefa de colaborar na animação e no governo com o diretor que o convoca e preside. Cabe ao Provincial com o consenso do seu Conselho, ouvido o parecer da comunidade local, determinar quais os setores das atividades da comunidade que deverão ser representados no Conselho.
DIRETÓRIO PROVINCIAL (cf. Const. 171): texto normativo confiado na sua composição e revisão ao Capítulo Provincial. A finalidade prioritária deste regulamento, mediante suas normas particulares, é promover e garantir o carisma e a salesianidade de cada obra no interior da comunidade provincial.
DICASTÉRIO (cf. Const. 133; Reg. 107): Os Dicastérios são concentrações de serviços de animação de cada um dos setores nos quais se subdivide a administração da Direção Geral das Obras de Dom Bosco. Cada Dicastério está sob a responsabilidade de um Conselheiro que atua como chefe do Dicastério.
MOVIMENTO JUVENIL SALESIANO (Articulação da Juventude Salesiana) (MJS):é constituído por grupos e associações que se reconhecem na espiritualidade e na pedagogia salesiana, na escola de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. Mantendo a própria organização operativa, garantem na sua pluralidade uma presença educativa de qualidade, especialmente nos novos espaços de socialização dos jovens. Movimento de “jovens para jovens”, definido pela referência à comum espiritualidade e comunicação entre os grupos garantindo a circulação de mensagens e valores, o MJS une jovens muito diferentes entre si, desde os mais distantes para os quais a espiritualidade é um apelo apenas em germe, àqueles que de modo explícito e consciente tornam própria a proposta e a ação apostólica salesiana.
NÚCLEO ANIMADOR: é um grupo de pessoas que se identifica com a missão, o sistema educativo e a espiritualidade salesiana e assume solidariamente a missão de convocar, motivar, envolver todos os que se interessam por uma obra, para formar com eles a comunidade educativa e realizar um projeto de evangelização e educação dos jovens. A comunidade religiosa, ponto de referência carismática (cf. CG25, n. 78-81), não esgota o núcleo animador, mas é uma das suas partes integrantes; de facto, ele deve ser capaz de se alargar, envolvendo de formas e modos diversos todos os que desejam trabalhar na obra salesiana. Tal núcleo animador, não sendo uma “estrutura de governo”, é único para toda a obra, mas pode coincidir com o Conselho da Obra e/ou o Conselho da CEP, conforme a complexidade da obra e dos diversos ambientes.
PROJETO EDUCATIVO-PASTORAL SALESIANO (PEPS) (cf. CG24, n. 5.42): é o plano geral de intervenção que orienta a realização do itinerário educativo-pastoral em determinado contexto provincial e local e orienta todas as iniciativas e recursos em vista da realização própria da missão salesiana. Tem uma duração “de longo ou médio prazo” (3-5 anos), em relação à situação em que está presente a Província ou a obra salesiana. Objetivo do PEPS, portanto, não é só definir os conteúdos relativos aos vários ambientes pastorales a nível provincial provincial e local, mas também definir as dimensões com que são construídos os vários PEPS de ambiente. A formulação do PEPS e, consequentemente, dos PEPS de ambiente tem como primeiro objetivo servir de apoio à programação da missão de toda a CEP provincial e local.
PROJETO EDUCATIVO-PASTORAL SALESIANO (PEPS Provincial): define o processo da Província e indica os objetivos, as estratégias e as linhas comuns de ação educativo-pastoral que orientam a ação pastoral de todas as obras, ambientes e setores de animação pastoral. Serve como ponto de referência para a sua programação e revisão educativo-pastoral durante certo período.
PROJETO EDUCATIVO-PASTORAL SALESIANO (PEPS) de CADA OBRA ou AMBIENTE LOCAL: aplica à realidade local as linhas do PEPS provincial. É o projeto diretamente operativo em cada obra (com um só ambiente) e de cada ambiente (numa obra complexa). Neste último caso, o PEPS das obras salesianas que se apresentam com dois ou mais ambientes torna-se um instrumento importante para a convergência e unidade nos objetivos e nas linhas comuns de ação da obra. Responde a dois aspetos fundamentais: a coordenação de todos os ambientes e setores de animação pastoral da obra, com a consequente série de critérios, opções metodológicas, orientações organizativas e estruturais; a convocação, constituição, formação e o funcionamento da CEP da obra e dos ambientes.
PROGRAMAÇÃO DA ANIMAÇÃO PROVINCIAL: é a aplicação anual do PEPS provincial, elaborado anualmente pelo Conselho Provincial, com a colaboração das obras. Serve como referência provincial para a elaboração da programação geral das obras.
PROGRAMAÇÃO GERAL DA OBRA: é a aplicação anual do PEPS da obra (ou, eventualmente, de cada PEPS dos diversos ambientes e setores de animação pastoral da obra). Quem o elabora é o Conselho da Obra, com a colaboração dos conselhos da CEP dos vários ambientes pastorais.
PROJETO ORGÂNICO PROVINCIAL ou INSPETORIAL (POP ou POI): é um plano estratégico de animação e governo que regula a realização e a continuidade das decisões da Província (cf. CG25, n. 82-84). É um instrumento prático com a intenção de coordenar para uma finalidade os recursos educativos e pastorais presentes na Província. É, também, ponto de referência para todos os projetos e programações das comunidades e obras.
«QUADRO DE REFERÊNCIA» DA PASTORAL JUVENIL: é um instrumento (com as inspirações de fundo e as orientações de ação) oferecido pelo Dicastério da Pastoral Juvenil a fim de iluminar e orientar o itinerário pastoral de cada CEP provincial e local; guiar a ação pastoral do delegado provincial e local de Pastoral Juvenil e das suas equipas; contribuir para a formação de todos os que – salesianos, educadores e educadoras – corresponsáveis da missão salesiana.
Fonte: A Pastoral Juvenil Salesiana – Quadro de Referência